Quando olhamos para trás, não é nada difícil perceber que o trabalho humano se transformou bastante com o passar dos séculos. A relação das pessoas com seus ofícios evolui de acordo com as mudanças culturais e tecnológicas que passam a fazer parte das suas vidas.

Por exemplo, recentemente a sociedade viu o trabalho remoto ganhar mais destaque devido à pandemia de Covid-19, que tornou urgente o distanciamento social. Observar como essas transformações acontecem ao longo da história permite entender não só o passado, mas especialmente o contexto atual e o que é possível esperar do futuro.

Em vista disso, preparamos este post para trazer até você um panorama da evolução do trabalho humano com o decorrer dos anos. Quer conhecer mais sobre o assunto e entender como a mão de obra humana se encaixa na era da hiperautomação? É só prosseguir com a leitura!

Trabalho na pré-história

A maneira como o ser humano encara o ato de trabalhar mudou bastante com o tempo. Na pré-história, o trabalho era uma questão de sobrevivência. Caçar animais e coletar frutos era como os indivíduos retiravam seu sustento da natureza. Mesmo quando se tornaram agricultores, deixando a vida nômade para trás, o objetivo do trabalho era essencialmente suprir as necessidades mais básicas para sobreviver.

Valorização do ócio criativo

Na Antiguidade, o trabalho humano não era algo visto de forma positiva pelos grandes pensadores gregos e romanos. Isso porque aqueles que precisavam trabalhar ocupavam posições inferiores na sociedade, enquanto o grupo mais abastado — que vivia do trabalho de escravos — tinha tempo livre de sobra para se dedicar às reflexões políticas e filosóficas.

Trabalho humano versus festas

A forma como a elite encarava o trabalho não mudou muito na Idade Média, tanto que esse tipo de atividade continuou sendo menosprezado. Os servos se dedicavam ao trabalho árduo no campo para garantir sustento, moradia e proteção dos donos de terras. Já a nobreza da sociedade feudal desfrutava de diversas atividades de lazer, como torneios, caças de animais selvagens e festas nos castelos.

Ordem divina

No século XVI, o monge alemão Martinho Lutero, uma das principais figuras da Reforma Protestante, difundiu a ideia de que o ócio é um pecado e que o homem nasce para trabalhar. Para ele, quem executa um trabalho foi escolhido por Deus para isso. O trabalho humano seria, portanto, um serviço divino.

Operação das máquinas

Com a revolução industrial no século XVIII, muitos trabalhadores saíram do campo para trabalhar nas fábricas que ficavam nas cidades. Vivendo em condições precárias e em posição de subordinação, essas pessoas se tornavam mão de obra barata para os empresários e cumpriam exaustivas jornadas de até 18 horas por dia, o que muitas vezes resultava em acidentes e até mesmo mortes por exaustão.

Proletariado

A era industrial foi marcada por grandes avanços tecnológicos e pelo surgimento do proletariado, a classe social formada pelos trabalhadores assalariados cuja força de trabalho era explorada pela burguesia industrial. No século XIX, teve início o movimento operário, com esse grupo se organizando para reivindicar melhores condições de trabalho e direitos trabalhistas.

Linha de montagem

No início do século XX, Henry Ford otimizou os processos em sua indústria automobilística por meio de uma linha de montagem, reduzindo o tempo de produção e, consequentemente, seu custo. Nesse modelo de produção, os operários ficam parados em seus postos de trabalho, limitando-se a executar atividades repetitivas.

Barateamento da produção

A conquista de direitos trabalhistas e remunerações mais justas para a classe operária nos países desenvolvidos fez com que muitas empresas passassem a buscar mão de obra mais barata em outros lugares ao longo do século XX. Com isso, elas transferiram a produção para países mais pobres, onde a população ainda lida com condições precárias e salários baixos.

Automação industrial

Os avanços tecnológicos no âmbito industrial permitem utilizar máquinas para automatizar a execução de processos com menores chances de erros e maior redução de custos. Isso reduz a participação humana em linhas de montagem, eliminando também os riscos que os trabalhadores correm nessas atividades.

Uso de robôs

Em pleno século XXI, o uso de robôs já vai muito além das indústrias, chegando inclusive ao mundo digital. Tanta automação de processos tem tornado a discussão sobre a possibilidade de os robôs substituírem o trabalho humano cada vez mais acalorada.

Criação de áreas de trabalho

A transformação digital nas empresas tem proporcionado o surgimento de novas áreas de trabalho humano que até alguns anos atrás seriam impossíveis de imaginar. Gestor de mídias sociais, cientista de dados, desenvolvedor de software e designer de produto são apenas alguns exemplos de profissões criadas em um passado ainda muito recente.

Trabalho híbrido

O trabalho remoto já vinha ganhando espaço na sociedade e foi impulsionado pela pandemia iniciada em 2020. Isso fez com que muitos profissionais que ainda não o adotavam descobrissem os benefícios desse formato e, mesmo com a volta do trabalho presencial, preferissem seguir com um modelo de trabalho híbrido.

Com todas essas evoluções tecnológicas acontecendo em um ritmo tão intenso, é natural se questionar se o trabalho humano vai se tornar cada vez mais dispensável, quem sabe até mesmo a ponto de acabar em certos setores. Como você pode notar, no entanto, o fator humano e a tecnologia sempre caminharam juntos ao longo dos anos e na era da hiperautomação isso não é diferente.

Enquanto a hiperautomação substitui o trabalho humano em determinados processos, as pessoas seguem absolutamente necessárias em outras atividades. Não há por que imaginar um cenário de disputa por espaço, mas de transformação — de modo similar ao que vem ocorrendo desde que começamos a nos organizar em sociedade.

A cultura de inovação nas empresas tem o importante papel de transformar desde os processos internos até a experiência do cliente, entregando produtos e serviços capazes de atender às suas demandas. Nesse cenário, o trabalho humano é um elemento que caminha lado a lado com os avanços tecnológicos, continuando a evoluir e a se adaptar à sua própria maneira.

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