Ano após ano, novas tendências inundam o mercado. Por isso, muitos heads de desenvolvimento ficam atentos às novas soluções, buscando ferramentas, módulos e serviços que sejam capazes de elevar a robustez, a disponibilidade e a eficiência de seus sistemas. Por isso, hoje falaremos sobre a modernização de arquitetura de APIs.

O nosso objetivo é compilar tudo o que você precisa saber sobre o tema. Para isso, primeiro, explicamos o que significa modernizar a arquitetura das suas APIs. Em seguida, destacamos as arquiteturas mais utilizadas do momento. E por fim, explicamos a importância de adotar arquiteturas e soluções mais modernas. Então, não perca tempo e acompanhe!

O que é a modernização de arquitetura de API?

Do ponto de vista técnico, a modernização da arquitetura nada mais é do que a prática de revisar a codebase e introduzir melhorias práticas ao código, substituindo módulos, métodos e abordagens na infraestrutura da aplicação. Essa é uma prática especialmente importante no desenvolvimento e manutenção de APIs, que precisam ser robustas, eficientes e confiáveis.

E o objetivo da modernização é justamente reforçar essas qualidades, reduzindo a vulnerabilidade do código e adotando novas soluções e tecnologias para garantir a operacionalidade da ferramenta. Outro aspecto importante é que, muitas vezes, a modernização pode ser um processo extenso, justamente pela diferença de arquitetura e método do código atual.

Por exemplo, digamos que a sua operação criou uma API para tratar dados estratégicos do agronegócio. Essa API foi criada internamente, com todos os seus módulos desenvolvidos pela própria equipe interna de desenvolvimento — tudo em uma mesma codebase, linguagem e abordagem, o que chamamos de uma arquitetura de sistema monolítico.

E com o passar do tempo, novidades importantes chegam ao mercado, tal como a tendência serverless, soluções de infraestrutura e monitoramento sob demanda (IaaS e MaaS), novos datasets via API de terceiros e por aí adiante. Esse é um dos cenários que incentiva a modernização da sua API — as ferramentas e soluções disponíveis para integrar o código.

Geralmente, é nesse momento que as equipes se reúnem para discutir a modernização da arquitetura, ainda mais quando se entende a importância de contar com uma arquitetura flexível o bastante para ser atualizada sempre que possível. Mas esse não é o único cenário que justifica a modernização da arquitetura de um sistema.

Muitas vezes, a modernização é uma estratégia exclusivamente motivada pela segurança do sistema e dos seus dados. De tempos em tempos, bureaus e institutos de pesquisa em cibersegurança lançam novos relatórios, apontando vulnerabilidades críticas em tecnologias amplamente utilizadas no mercado, tal como brechas em APIs, frameworks, métodos e funções.

É para contornar essas vulnerabilidades que, muitas vezes, é preciso modernizar a arquitetura dos seus sistemas, escolhendo o método que melhor atende às expectativas da sua operação, seja a versatilidade, flexibilidade e eficiência de uma arquitetura microsserviços, ou a consistência, propriedade e controle de uma arquitetura monolítica.

Quais as arquiteturas mais utilizadas atualmente?

Como todos sabemos, um dos maiores desafios da modernização de arquiteturas é justamente a transição entre uma codebase legado para uma nova e modernizada. Por isso, a escolha da nova arquitetura é uma etapa tão crítica para a gestão, que precisa ponderar os prós, contras e desafios de cada solução — veja!

Arquitetura de sistemas monolíticos

Apesar de não ser a alternativa mais fácil, a arquitetura monolítica segue sendo uma das abordagens mais populares do mercado. Tecnicamente, uma arquitetura monolítica é um sistema desenvolvido de forma inteira ou majoritariamente proprietária, predominantemente em uma mesma linguagem de programação, com o mínimo uso de recursos externos.

O objetivo desse tipo de abordagem é maximizar o controle e o nível de propriedade sobre o código. Apesar de levar mais tempo para desenvolver os sistemas, pois tudo (ou quase tudo) é programado do zero, essa arquitetura é muito atrativa para equipes que priorizam a consistência e o controle granular sobre tudo que acontece no código.

Outro detalhe é que o desenvolvimento de arquiteturas monolíticas pode ser mais acessível do que uma arquitetura de microsserviços. No sistema monolítico, a maioria dos recursos, funções e módulos são programados do zero. Em um sistema modular de microsserviços, a maioria dos recursos, funções e módulos são importados já prontos para dentro do código.

E é justamente isso que eleva o custo operacional da API, pois muitos desses recursos são pagos, como os datasets abastecidos via DaaS, módulos de monitoramento via MaaS, infraestrutura via IaaS, backend via BaaS e por aí adiante. É por isso que a escolha entre arquitetura monolítica, modular ou híbrida exige debate, análise e reflexão do time de desenvolvimento.

Arquitetura de microsserviços

Por outro lado, existe a arquitetura modular de microsserviços — a abordagem oposta ao sistema monolítico. Em vez de desenvolver tudo propriamente e do zero, a arquitetura de microsserviços estimula o desenvolvimento de uma aplicação altamente modularizada, em que a maioria (quanto não todos) os recursos são importados de provedores terceiros.

Essa abordagem está particularmente popular agora, com tantas soluções de terceirização de código, tal como FaaS e BaaS — Function as a Service e Backend as a Service, respectivamente. O grande destaque é a velocidade de desenvolvimento, pois a importação de trechos, módulos, funções e recursos inteiros diminui muito o TTM (time to market).

Outro fator interessante é que, na maioria dos casos, uma arquitetura de microsserviços acaba sendo uma abordagem que oferece maior flexibilidade e adaptabilidade ao sistema, que pode ser modernizado e aprimorado com maior velocidade. O único contraponto, em nossa visão, seria o menor controle sobre o sistema.

Afinal de contas, esse é o dilema central entre sistemas monolíticos e modulares de microsserviços. Quando o problema, tal como uma inconsistência ou indisponibilidade, está no seu código, você tem como corrigir e reparar. Quando o problema é em um módulo de terceiros, não há nada o que fazer além de esperar para que a equipe responsável faça a correção.

Por isso, na arquitetura de microsserviços, é muito importante ser analítico e criterioso na escolha dos módulos e recursos que serão terceirizados. Do contrário, você sujeita a operacionalidade do seu sistema a uma solução que não recebe suporte e nem manutenção — o que pode causar prejuízos e problemas consideráveis em um período de indisponibilidade.

E, para finalizar, vale destacar a importância de utilizar arquiteturas mais modernas para o desenvolvimento e evolução dos seus sistemas. Em nossa visão, as arquiteturas modernas, geralmente, facilitam a manutenção do código, pois introduzem boas práticas, protocolos e noções que foram validadas pela indústria nos últimos anos.

Como pôde ver, a modernização de arquitetura de API é uma etapa fundamental para quem busca elevar a autonomia, a disponibilidade e a eficiência de seus sistemas. Com arquiteturas mais modernas, as aplicações se tornam mais leves, flexíveis e modulares, o que permite novas atualizações e aprimoramentos, que podem ser feitos com segurança e velocidade.

Agora que você sabe a importância da modernização de arquitetura de API, aproveite para conhecer o melhor conjunto de soluções, recursos e serviços tecnológicos do mercado. Para isso, basta acessar nossa página e entrar em contato!