Caminhos da IA generativa partem da alimentação do sistema com dados que geram informação,
que constroem conhecimento, novos insights e sabedoria.
Os cenários projetados para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) não são apocalípticos. Pelo contrário: representam mudanças salutares e, em curtíssimo prazo, alavancarão a economia. Para quem tem medo de que “as máquinas substituam o ser humano”, fenômeno que se repete com cada passo de progresso tecnológico, a expectativa é de que, até 2026, não haja perda de empregos significativa. Essas informações foram endereçadas pelo diretor de Tecnologia e Operações da Scala, Filipe Cotait, na sexta-feira (15/9), durante o IT Forum Salvador.
Filipe Cotait Marco Stefanini
Ao lado do CEO da Stefanini, Marco Stefanini, e do vice-presidente de Serviços aos Negócios e Tecnologia da Raízen, Fábio Mota, Cotait explicou aos presentes à exposição “IA generativa muda sua estratégia de dados?” que 70% dos dados gerados por IA generativa são sintéticos, ou seja, criados pelas próprias ferramentas a partir das informações com que são inicialmente alimentadas. Ainda no campo das projeções, as tecnologias em IA generativa devem gerar mais de meio bilhão de novos empregos.
Mas para quem é a IA generativa?
Quem deve investir na tecnologia de IA? “Se você não lida com grande número de dados ou com dados estruturados, a IA generativa não é para você”, disse Cotait. Este instrumental é principalmente para quem deseja criar conteúdos, destacou o especialista, segundo quem a IA generativa tem potencial de transformar radicalmente estruturas econômicas e sociais nos próximos anos.
Os caminhos da IA generativa partem da alimentação do sistema com dados que geram informação, que constroem conhecimento, novos insights e sabedoria, nesta ordem. “Mas é preciso tomar cuidado para não virar teoria da conspiração”, destacou Cotait.
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Outro cuidado apontado por ele foi que é preciso tratar os dados iniciais para que as informações criadas por IA generativa sejam confiáveis. Nesse momento, ele até brincou com uma pergunta que fez ao Chat GPT sobre os títulos mundiais do Palmeiras: ele printou resultados que mostravam, segundo a ferramenta, que o time de futebol seria tricampeão mundial, o que não corresponde à realidade.
Ele pediu que os presentes imaginassem se fosse uma consulta na área de saúde. “Pode dar um diagnóstico ruim? Se não tratar na origem a informação, não há IA que possa resolver”, destacou. Cotait disse que o tratamento de informações demanda alto custo e, muitas vezes, muito tempo. “Um dos maiores custos do Chat GPT foi para desenvolver o que ele não pode fazer”, disse. Por isso ele salientou que a utilização de IA generativa demanda estratégia. “Não use a IA por moda, use quando precisar.”
Marco Stefanini citou que, com a IA, sistemas de atendimento ao cliente podem “aprender”, a identificar o nível da satisfação do cliente a partir do tom de voz. “Com o tom de voz, é possível perceber se a pessoa está irritada e já vai buscar coletar mais informações dele”, exemplificou.
Ao tratar de sistemas de proteção de redes, esta ferramenta pode identificar de um alarme de risco é falso, verdadeiro ou se há dúvidas. Já Mota apresentou a experiência com a criação do aplicativo Shell Box, dos postos de combustíveis Shell. Uma das aplicações da ferramenta foi a redução do tempo para abastecer e pagar: “um terço do tempo dos clientes é abastecendo e dois terços é pagando”.
Fabio Mota, vice-presidente de Serviços aos Negócios e Tecnologia da Raízen
Com a experiência do aplicativo, Mota disse que foram realizadas R$ 7 bilhões em operações em 2022 em um total de 41 milhões de transações. “Identificamos ainda capacidade de expansão do ecossistema”, disse ele, que apontou haver 15 milhões de usuários do aplicativo num total de 50 milhões de usuários que vão aos postos no Brasil. “A IA generativa mudará a forma como serviremos nossos clientes”, declarou Mota.
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Fonte: https://itforum.com.br/noticias/ia-generativa-alavancar-negocios/